Lista de testemunhas do caso Matsunaga tem babás, detetive, peritos e parentes

Acusação e defesa listaram 21 pessoas para júri que começa nesta segunda-feira (28) em fórum de São Paulo. Elize confessou ter atirado e esquartejado o marido Marcos Kitano em 2012.

Lista de testemunhas do caso Matsunaga tem babás, detetive, peritos e parentes

Lista de testemunhas do caso Matsunaga tem babás, detetive, peritos e parentes

Lista de testemunhas do caso Matsunaga inclui babás, detetive, peritos, policiais, reverendo, médicos legistas, empregada e parentes do casal Marcos e Elize. Ao todo, 21 pessoas foram indicadas pela acusação e defesa para falarem a partir desta segunda-feira (28) em São Paulo no julgamento da viúva do sócio diretor da empresa de alimentos Yoki.

Os depoimentos das testemunhas, o interrogatório da ré e os debates entre Ministério Público Estadual (MPE) e advogados da acusada começarão a ser realizados no plenário 10 do Fórum da Barra Funda, na Zona Oeste da capital paulista, a partir das 10h e devem durar até cinco dias.

A suposta amante da vítima, que acabou se tornando a pivô da briga do casal que poderia ter motivado o crime, não foi indicada por nenhuma das partes do processo para ser testemunha.
Bacharel em direito, Elize confessou ter assassinado o marido com um tiro e o esquartejado em seguida, para se livrar do corpo, em 19 de maio de 2012, no apartamento onde moravam na Vila Leopoldina, Zona Norte de São Paulo.

Para o Ministério Público Estadual (MPE), o motivo do crime foi financeiro – Elize queria ficar com o seguro de vida que Marcos tinha feito no nome dela, no valor de R$ 600 mil. O promotor José Carlos Cosenzo ainda suspeita que a viúva teve ajuda para cometer o esquartejamento e que o empresário foi cortado vivo.


Advogados de acusação e defesa traçam estratégias para julgamento de Elize Matsunaga

Para a defesa, Elize agiu sozinha e atirou em Marcos após ser agredida por ele durante uma discussão. Ela tinha contratado um detetive particular que descobriu que o executivo traía a mulher com uma garota de programa – profissão que Elize exerceu no passado, quando conheceu Marcos.

Seus advogados, Luciano Santoro e Roselle Soglio, alegam que após ver o marido morto, ela se desesperou e decidiu cortá-lo, espalhando pedaços do corpo em sacos plásticos em Cotia, na Grande São Paulo.

A família de Marcos denunciou o desaparecimento dele no dia 21 daquele mês. Duas semanas depois, Elize foi presa pela Polícia Civil e confessou ter matado o marido. À época, ela tinha 30 anos e ele, 42. Com a prisão de Elize, a guarda provisória da filha do casal, atualmente com 5 anos, ficou com os avós paternos.

Elize é ré no processo no qual é acusada de homicídio doloso triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima), destruição e ocultação de cadáver.
“Ela tem de ser condenada e pegar a pena máxima: 30 anos de prisão”, disse Cosenzo.

“Entendemos que Elize tem de responder pela ocultação de cadáver e ainda tem chances de ser absolvida”, falou Santoro. Nesse caso, a pena seria de três anos.
Onze testemunhas foram sugeridas pela acusação, que é feita pela Promotoria. Outras nove foram indicadas pela defesa. Uma testemunha é comum entre as partes.

Lista de testemunhas do caso Matsunaga tem babás, detetive, peritos e parentes

Veja abaixo a relação dos escolhidos

7 testemunhas arroladas pela acusação:

MAURO KITANO MATSUNAGA – empresário e irmão de Marcos Matsunaga – dirá o que a vítima falava de Elize e a relação do casal. Junto com Luiz Carlos Lózio, funcionário de Marcos, procurou a polícia porque Elize disse que o marido saiu de casa sem dar satisfação. Ele suspeitava de sequestro. Também assistiu a gravação das câmeras do prédio que mostravam Marcos subir o elevador com uma pizza, mas depois não saiu do imóvel. A partir daí, suspeitou de Elize.

WILLIAN COELHO DE OLIVEIRA – detetive – foi contratado por Elize para filmar traição de Marcos com uma prostituta.

LUIZ CARLOS LÓZIO – funcionário da Yoki de Marcos – Junto com Mauro Kitano Matsunaga, irmão de Marcos, procurou a polícia porque Elize disse que o marido saiu de casa sem dar satisfação. Ele suspeitava de sequestro. Também assistiu a gravação das câmeras do prédio que mostravam Marcos subir o elevador com uma pizza, mas depois não saiu do imóvel. A partir daí, suspeitou de Elize.

CECÍLIA YONE NISHIOKA – prima de Marcos e amiga do casal – vai falar da relação da vítima com Elize.

FABIO LUIS RIBEIRO – investigador da equipe F Sul do DHPP – acompanhou as investigações sobre o caso.

JORGE PEREIRA DE OLIVEIRA – médico-legista e perito do Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Técnico-Científica em Cotia, Grande São Paulo – convocado para tratar do laudo que apontou que Marcos foi decapitado ainda com vida e que cortes no corpo sugerem que mais alguém poderia ter ajudado no esquartejamento.

CARLOS ALBERTO DE SOUZA COELHO – médico-legista indicado para ser assistente técnico da acusação – vai explicar laudo do legista Ruggero Bernardo Felice Giudugli, que mostrou que o tiro que acertou a cabeça de Marcos foi dado a uma distância de mais de 40 centímetros. Ex-diretor do IML, ele participou da autópsia de Maria do Carmo, esquartejada pelo médico Farah Jorge Farah e realizou a exumação dos restos mortais de Frei Galvão.

2 testemunhas assistentes da acusação:

AMONIR HERCILIA DOS SANTOS – filha de Mauricéia e babá assistente da filha do casal Matsunaga – foi ao apartamento no dia 20 de maio de 2012. Ela deve repetir o depoimento dado à Polícia de que não viu Elize esquartejar o marido porque tomava conta da menina.

MAURICÉIA JOSÉ GONÇALVES DOS SANTOS – mãe de Amonir e babá principal da filha dos Matsunaga – esteve com o casal no dia 19 de maio de 2012 e aparece nas imagens das câmeras do elevador do prédio. Deverá contar que foi dispensada por Elize momentos antes dela matar o marido.

3 testemunhas de acusação e defesa:

RENÉ HENRIQUE GOTZ LICHT – reverendo da Catedral Anglicana de SP que casou Marcos e Elize – convocado pela acusação e pela defesa para dizer que alertou o diretor sobre o risco de ele ser morto pela mulher.

MAURO GOMES DIAS – delegado do caso – concluiu o inquérito do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) indiciando Elize por assassinato e ocultação de cadáver. Para ele, a bacharel agiu sozinha.

RICARDO SALADA – perito do Instituto de Criminalística (IC) da Superintendência da Polícia Técnico-Científica – fez o laudo da reprodução simulada do crime com a participação de Elize. Antes, analisou o apartamento do casal e encontrou vestígios de sangue no local, além de armas.

9 testemunhas indicadas pela defesa:

JORGE CARRASCO – delegado e diretor do DHPP à época – deverá reafirmar que Elize agiu sozinha e não havia indícios da participação de uma terceira pessoa na cena do crime. Ele não participou diretamente da investigação.

NEUZA GOUVEIA DA SILVA – empregada do casal Matsunaga – chamada para falar sobre como era o relacionamento entre Marcos e Elize.

ROSELI DE ARAÚJO – tia de Elize – vai falar da relação com a sobrinha. Foi a pessoa que ficou no apartamento do casal Matsunaga quando a polícia investigava o sumiço de Marcos e permaneceu um tempo nele após a prisão de Elize para cuidar da filha do casal.

RUGERO BERNARDO FELICE GIUDUGLI – médico-legista do IML – assinou o laudo da exumação do corpo de Marcos, constatando que ele foi atingido a uma distância de mais de 40 centímetros. O exame foi inconclusivo para saber se a vítima estava viva ou morta quando foi esquartejada após o disparo.

SAMI A. R. J. EL JUNDI – médico-legista indicado pela defesa para ser assistente técnico – falar sobre conclusões da exumação, que constatou que Marcos foi atingido a uma distância de mais de 40 centímetros. No entendimento da defesa, Marcos já estava morto quando foi esquartejado.

JOSÉ AMÉRICO MACHADO – advogado – vai falar da amizade com a ré.

TANIA APARECIDA ESTEVES – advogada – comentará sobre a relaçao com a acusada.

ROBERTO UNTER PENTINGER – perito da Polícia Científica – dirá como periciou as provas do caso.

ARIANE LINS – perita da Polícia Científica – indicada para falar como periciou as provas do caso.

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