O júri popular do acusado de estuprar e matar a universitária Déborah Oliveira terminou na noite desta quinta-feira (14) em Itajubá (MG) com o anúncio da sentença. Benedito Mauro Divino foi condenado a 43 anos, um mês e 6 dias de prisão pelos crimes de homicídio, estupro e roubo. O crime aconteceu em 2013.
O júri começou na última terça-feira (12) no Fórum de Itajubá e a última sessão terminou por volta das 22h30 desta quinta. Benedito foi julgado por sete pessoas convocadas para o júri, em sessões comandadas pelo juiz Fábio Aurélio Marchello.
Segundo o advogado de defesa, Ângelo Antônio Salomon Adami, ainda durante a noite de quinta foi apresentada a intenção de recorrer da decisão. A defesa agora tem cinco dias para apresentar o recurso.
O corpo da universitária foi encontrado com marcas de estrangulamento por volta das 17h30 do dia 15 de agosto de 2013 em uma construção em Itajubá. Déborah Oliveira estava desaparecida desde a noite do dia 14 de agosto, quando saiu da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), onde estudava, e não foi mais vista. Ainda segundo a polícia, ela foi estuprada e, em seguida, estrangulada.
A família já havia feito o boletim de ocorrência informando o desaparecimento da jovem na noite do dia 14, quando ela não chegou em casa.
No momento em que o corpo foi encontrado, um auxiliar de serviços gerais, que antes a polícia acreditava que fosse um andarilho, saía do local. Com ele, os policiais encontraram uma sacola com peças íntimas femininas e uma delas seria de Déborah.
No entanto, diferente do que a polícia acreditava no início, as peças de roupas íntimas encontradas com o suspeito, no momento da prisão dele, não eram da estudante. No final de setembro, cerca de 40 dias após o crime, uma calcinha foi encontrada pela polícia no bolso do casaco que a vítima usava no dia em que foi morta. O principal suspeito do crime, o auxiliar de serviços gerais que ficou preso por 43 dias, foi solto por falta de provas e um novo material foi colhido para o exame de DNA.
Benedito Mauro Divino foi apontado como suspeito de matar Déborah após ter estuprado outra jovem dois meses depois do primeiro crime, durante a saída temporária do presídio. Os exames feitos no material colhido nas jovens confirmaram que são da mesma pessoa.
Fonte: G1